O governo dos Estados Unidos está considerando adotar restrições ainda mais rígidas às exportações de chips semicondutores para a China, o que gerou perdas milionárias para empresas do setor. Essa notícia teve um impacto significativo nas ações de diversas companhias de tecnologia.
Entre as empresas mais afetadas está a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), a maior fabricante de chips do mundo. A TSMC perdeu cerca de US$ 52 bilhões (aproximadamente R$ 288 bilhões) em valor de mercado em apenas algumas horas, com uma queda de 2,4% nas ações. Além disso, outras empresas também sofreram perdas significativas. A fabricante sul-coreana de chips de memória SK Hynix registrou uma queda de 3,6% nas ações, enquanto a empresa japonesa Tóquio Electron teve uma desvalorização de 8,75%.
Essa preocupação no mercado financeiro é reflexo da possibilidade de o governo Joe Biden adotar uma medida que permitiria à Casa Branca impedir a venda de qualquer produto que utilize tecnologia norte-americana. Essa regra vetaria, por exemplo, que outros países exportassem determinados produtos para nações terceiras. Analistas apontam que os impactos financeiros dessa medida seriam profundos. A TSMC, por exemplo, tem 9% de seus clientes na China, enquanto a SK Hynix destaca que 31% de suas vendas no ano passado foram para o território chinês.
Essa disputa entre Estados Unidos e China pela hegemonia tecnológica mundial tem sido chamada de “guerra dos chips”. Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China a esses produtos. A situação é complexa e envolve questões geopolíticas e econômicas, com impactos significativos no mercado global de tecnologia.
Em resumo, a guerra dos chips está afetando diretamente as empresas do setor, com quedas nas ações e incertezas sobre o futuro das exportações de semicondutores. Acompanhar esses desdobramentos é fundamental para entender o cenário atual e as implicações para a indústria de tecnologia.